Brasil em busca de uma BBC
A BBC (British Broadcasting Corporation), considerada a principal emissora de rádio e TV do Reino Unido, é o maior exemplo que pode existir em matéria de emissora pública. Cada emissora possui um aspecto diferente, passando pela BBC ONE, TWO e Etc. Tanto na TV quando no rádio, a emissora faz o seu papel e ainda possui o BBC World Service com transmissão em 33 idiomas incluindo o Português (Brasileiro). Mas por que o Brasil está em busca de uma BBC? Recentemente o Brasil discutia qual padrão digital de TV iria usar, hoje já se sabe que é o padrão japonês, mas o que adianta melhorar a qualidade de imagem e esquecer de melhorar a programação? Principalmente das emissoras públicas que vem tendo suas programações deixadas de lado, poucas emissoras públicas permanecem vivas como por exemplo a TV Nacional de Brasília e a TVE do Rio de Janeiro. Pensando em todas os canais públicas que finalmente veio a gloriosa idéia de criar uma BBC, que dizer uma TV Pública Federal unindo todas as emissoras numa rede midiática democrática que revele o Brasil. Segundo a Revista A Rede, “a nova TV pública Federal chamada de TV Brasil (nome ainda não oficial), resultado da fusão da TV Nacional de Brasília e a TVE do Rio de Janeiro e Maranhão: Será um instrumento de universalização dos direitos à informação, à comunicação, à educação e à cultura; expressão das diversidades sociais e culturais do país; autônoma em relação ao governo e ao mercado; e será gerida por um órgão colegiado deliberativo, representativo da sociedade.” A nossa futura TV pública, terá a função de revirar a programação em 360º ou seja ser mais democrática, sabe por que? “as emissoras de TV aberta, paga, e até as TVs Públicas aponta um baixo aproveitamento da produção nacional. Nas TVs pagas de acordo com a Associação Brasileira de TV por assinatura, só 5% da programação têm origem nacional.” “Segundo a cartografia, na programação de quatro meses da Net, de 6503 filmes, 442 (7,3%) eram brasileiros.” A Revista A Rede, mostrou dados de uma verdaderia comunicação não democrática. Não podemos deixar as nossas produções guardadas nas prateleiras e preciso exibi-las, e ganhar o nosso próprio reconhecimento, valorizando a nossa cultura.
O Brasil pode ser um exemplo com a criação de um canal público nos moldes da BBC. Temos capacidade de modelar uma programação de qualidade e com conteúdo democrático para a sociedade brasileira. Talvez a BBC não seja tão democrática assim, até porque nem todos os programas da BBC tem o perfil de uma Rede Pública. Existem programas com carateristicas de uma emissora privada, talvez seja estratégia para não perder o seu público. É dificil administrar uma emissora pública sem pensar no domínio das emissoras privadas, todos nos sabemos que as donas de casa adoram o “Faustão” e que os jovens gostam do “Programa Pânico”, mas mesmo assim podemos ter uma grande emissora pública só depende de você (governo). Outra coisa que vem chamando a atenção é a possível rede de rádios públicas, que merecem também uma reforma já. Até hoje é difícil entender por exemplo: qual é o verdadeiro papel da Rádio MEC Fm do Rio de Janeiro? É difícil acreditar que uma emissora tão importante no Estado fique transmitindo música clássica e programas relacionado a música clássica o dia inteiro, nada contra a música clássica é muito bonita e relaxante, mas deveria ter programas relacionado pelo menos a educação; programas produzidos pela comunidade; uma programação variada dedicada a nossa cultura; programas com músicas brasileiras que as vezes nem conhecemos; programas relacionados a culturas de outros paises; alguma coisa que de fato favoreça e chame a atenção da população. A rádio vem sendo deixada de lado, poucas pessoas falam da emissora no Rio de Janeiro. A verdadeira emissora pública de Rádio ou TV deve ser reconhecida e valorizada pelo o seu público (Brasileiros), não precisa disputar audiência com emissoras privadas, ou aparecer no ranking das melhores emissoras, até porque esse não é o papel da emissora pública, é nem vender horários para os famosos Tele-Evangelismo (Católica e Evangélica). O papel de fato é ser a voz da sociedade através desse meio de comunicação capaz de controlar e mudar um país, quando isso acontecer a nossa revolução midiática será transmitida.
3 comentários:
Muito bom, Bergue.Que ótimo que vocês estão discutindo mídia com bons textos. Vamos continuar dando esse banho de autonomia crítica.
Um abraço extensivo a todos do blog.
vamos ver se com a digitalização da grande mídia, os meios públicos ocupem o seu devido lugar! mto bom!
Bom texto, espero realmente q isso aconteça.Abraços
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